Mulheres do Santuário
A cura pela natureza
A cura pela natureza
Idealizado pelo IPES, com apoio da Metso e Anglo American, a iniciativa resgata uma tradição secular: o uso de ervas medicinais para melhorar a saúde.
Em Conceição do Mato Dentro, a Farmácia Viva tornou-se um espaço referência em acolhimento e cura, conhecido como “Medicina Alternativa”. Desde sua criação em 1998, um grupo de mulheres se dedica para manter o projeto e auxiliar a comunidade com atendimentos semanais ao lado do Santuário da cidade — motivo pelo qual o projeto leva esse nome.
O projeto Mulheres do Santuário tem um propósito duplo: capacitar novas pessoas para oferecerem atendimento, assegurando a continuidade desse trabalho precioso, e proteger a rica história da cidade. Este segundo contará com um livro que reunirá memórias das mulheres que iniciaram o projeto, relatos de pacientes e como a Farmácia Viva funciona atualmente.
"A comunidade de Conceição de Mato Dentro tem em suas raízes o uso de plantas medicinais para o tratamento, um saber passado de geração para geração. Nossa ideia é fazer com que a Farmácia Viva continue e que mais pessoas possam ser beneficiadas por esse atendimento."
- Aline Pires, co-fundadora do Instituto IPES.
O projeto Mulheres do Santuário atua com dois objetivos centrais: formar novas participantes para dar continuidade aos atendimentos, garantindo a sustentabilidade dessa prática tão valiosa, e preservar a memória histórica e cultural de Conceição do Mato Dentro.
Mais do que um espaço de cuidado com a saúde, o projeto carrega a missão de manter viva uma tradição ancestral que atravessa gerações. Por isso, investe na capacitação de novas pessoas dispostas a aprender e aplicar os saberes populares que sustentam essa iniciativa. Ao formar novas agentes de cuidado, o projeto assegura que esse conhecimento continue a beneficiar a comunidade de maneira sensível, acessível e profundamente conectada à realidade local.
Ao mesmo tempo, cada planta usada, cada chá preparado e cada escuta acolhedora guarda consigo histórias, experiências e valores herdados ao longo do tempo. Preservar esses saberes é também proteger a identidade cultural do município — fortalecendo os vínculos entre passado, presente e futuro, e mantendo viva a memória coletiva da comunidade.
Em Conceição do Mato Dentro, a Farmácia Viva se tornou um símbolo de cuidado e conexão com os saberes tradicionais. Desde 1998, um coletivo de mulheres mantém viva essa iniciativa, realizando atendimentos semanais ao lado do Santuário da cidade — o que deu origem ao nome do projeto.
Cada pessoa é acolhida com atenção e respeito, passando por um atendimento individualizado que utiliza o método de bioenergia, criado pelo médico japonês Yoshiaki Omura. Com base nesse diagnóstico, são preparados chás específicos para cada necessidade, oferecendo alívio, bem-estar e fortalecendo o vínculo com a herança cultural da comunidade.
Reconhecendo o impacto positivo dessa prática e a importância de preservar essa tradição, o Instituto IPES estruturou o projeto Mulheres do Santuário. A proposta visa capacitar novas integrantes, garantindo a continuidade dos atendimentos e protegendo um dos mais valiosos patrimônios culturais imateriais do município.
Em 2024, o projeto passou a fazer parte da cartilha de boas práticas sustentáveis da Anglo American, uma iniciativa da mineradora que estimula ações em parceria com as comunidades locais. Além disso, a empresa realiza anualmente uma premiação para destacar os parceiros que mais se empenham em transformar realidades por meio de projetos como este.
Por meio do projeto, também iremos descobrir as histórias e conhecer as pessoas que estiveram presentes desde o início. Dona Palmira era quem cultivava as ervas medicinais, trazendo-as da roça até a Farmácia Viva carregando tudo nas costas e passando o dia todo picando as plantas com muito cuidado, como uma formiguinha dedicada. Tia Inês foi uma das primeiras a participar do curso e começar a atender a comunidade, trabalhando em dupla e dedicando-se até a exaustão. Por muitos anos, ela acolheu diversas pessoas que buscavam ajuda e conforto. Já Dona Lourdes, conhecida como a xaropeira da cidade, ganhou reconhecimento pelo chá que era conhecido por aliviar qualquer problema pulmonar.